sexta-feira, 1 de abril de 2011

Bravo, Shonda Rimes, Bravo!

Antes de ler, leve em consideração que vi o episódio uma vez só, há pouquíssimo tem e, mais importante, estou “sleep deprived”. Agradecida.

Então, ao grande episódio Musical de Grey’s Anatomy. Eu amei! Chorei, sorri, fiquei triste, com medo, me diverti. Enfim, o episódio me fez sentir! Não acho que foi o melhor episódio ever de Grey’s. Nem perto disso, mas também não acho que era essa a intenção. A intenção era fazer uma coisa diferente, arriscar, mostrar algo novo depois de sete anos de série. E fazer isso tudo mantendo pelo menos o mínimo do padrão de qualidade que a série carrega. E esse objetivo na minha opinião, foi alcançado.

O maior mérito do episódio pra mim foi que fez sentido. Ao contrário de certas séries (cof cof, Glee, cof cof), as músicas não apareceram do nada, sem nenhum motivo de estar ali. A Callie de espectadora da sua própria tragédia enquanto estava desacordada foi uma brilhante maneira de inserir o musical. Vale lembrar que não é a primeira vez que isso acontece em Grey’s. A terceira temporada teve a Meredith, que tinha se afogado e estava em parada cardiorrespiratória, encontrando com Denny Duquete, sua mãe, seu cachorro e o personagem do Kyle Chandler, todos mortos, numa entre – vida, digamos assim. Assim como, no final da quinta temporada a Izzie e o George, se “encontraram” enquanto ambos estavam à beira da morte.

Voltando ao episódio, os dez primeiros minutos e os dez últimos foram brilhantes, emocionantes, cheios de drama, com as músicas colocadas no lugar certo e com atuações geniais (Se a Sara Ramirez não for indicada a um Emmy, depois da cena de The Story, eu ela tacava pedra no carro da Katherine Heigl). Além disso, o episódio teve tudo aquilo que faz de Grey’s uma série especial: Drama, romance, uma narração amarradinha com a história, piadinhas dos residentes, Cristina mandando na cirurgia e Meredith tendo seu momento dark and twisty. O que foi o Karev indo consolar a Arizona? E a Lexie indo consolar o Mark, e Karev, Meredith e Cristina fazendo piada com o destino das mulheres que trabalham em Seattle Grace em meio ao drama todo.

Os 23 minutos do meio oscilaram entre momentos bons e outros mais ou menos. Não gostei de duas coisas no episódio: A cena de Walking on Sunshine, que não teve o menos sentido e estava ali apenas como desculpa pros personagens cantarem e o fato que a história do episódio poderia ter sido muito melhor desenvolvida num episódio normal em que ela não ficaria secundária a música. Mas isso faz parte, foi uma experiência válida e saudável para a série.
E, se alguém quiser falar mal, me diz primeiro um drama “non-procedural” que chegou a sétima temporada com a qualidade que Grey’s chegou.